Agora que não tenho mais vida social aos dias de semana, tenho que selecionar muito bem o que eu vou fazer aos findis.
Pra esse sábado, havia uma opção (chopp verde de graça, festa de St.Patrick) mas acabei optando pelo encontro de harmônicas mesmo.
Os eventos musicais do sesc são muito legais, porque eles difundem movimentos culturais. E eu gosto disso.
O encontro de harmonicas teve 3 shows de três gaitistas diferentes, entre eles a Tiffany, que eu estava curiosa pra ver.
É legal porque o preço do evento é barato e acessível, a música é boa e além disso tem um público variado.
Há muito tempo que eu não bebia e dançava sem se importar com o mundo. Isso é sempre bom.
O Enéias tava lá também. Claro, ele não tava de curioso como eu, ele toca gaita. Quando eu o conheci só dei moral por causa disso, ahahahaha.
Ué, quantas pessoas você conhece que tocam gaita? Mas ele tocava bem pouco. Agora ele é o cara que customiza as gaitas do povo que toca no festival.
Depois eu fui pra um show de Blues, num barzinho. Achei o barzinho legal. Sentei numas almofadas e lá fiquei para ver o show.
Depois de um tempo comecei a achar tudo muito blasé. Rolê de rico, sabe como é.
Ok, o som estava bom, a companhia estava boa e o meu estoque de rum melhor ainda.
Mas não posso fingir que a elite me agrada. Tudo muito legal, mas o lugar são as pessoas e eu odeio gente blasé.
Eu era a Mônica da música do Renato Russo, na festa estranha com gente esquisita que o Eduardo inventou de ir. (Tem um vídeo da música ai embaixo, por sinal.)
Engraçado esse rótulo de que blues é coisa de gente cult e chique né? Eu finalmente entendi porque o B.B. King custa 1200 reais.
Não é porque é o B.B. King, é simplismente porque aqui a coisa é assim. Talvez se fosse mais barato, consumido por gente de todo o tipo, pareceria que a música do cara perdeu o valor.
Como eu sou um ser humano de fácil adaptação fiquei lá, quietinha na minha, ignorando o fato de ser pobre no meio dos ricos. Eu até estava curtindo, não gosto de ter preconceito só porque não tenho o perfil do rolê.
Fui embora antes de acabar o show por motivos de força maior, mas nem fez tanta diferença.
Olhar a chuva cair na avenida paulista e jogar conversa fora é algo mais simples e me agrada mais.
É bom andar na rua e sentir o vento bater na cara logo de manhã. Voltei pra casa, quando fiquei com fome.
Evidentemente, no domingo eu estava de ressaca e acabou por ser um dia nulo. E o tédio se reuniu em volta da mesa para comemorar.
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