quarta-feira, 31 de março de 2010

Icógnita

Um cara que rouba um celular barato, o mais barato da loja - cujo aparelho não carrega bateria - de uma mina que além de parecer não ter dinheiro, não tem dinheiro mesmo, além de tentar achar um outro burro que não percebe que o aparelho bebeu muita água e não funciona mais...pretende fazer o quê?

Pegar os números dos meus fuckers e dar a bunda?

Pra mim as depiladoras não deveriam morrer nunca.

E eu chorava e chorava e chorava e dizia - mãe, eu estou muito nervosa - e eu aprendi a não guardar nada de mal porque tudo vira um câncer ou qualquer outra doença que vai destruindo por dentro e eu sou canceriana e você sabe que a maioria dos cancerianos ficam doentes por causas emocionais?
E a minha depiladora morreu de tristeza e ela era canceriana também assim como eu. Ela não era só a minha depiladora. Era alguém que me escutava, alguém que eu gostava de escutar. E eu não fiquei sabendo que ela morreu, ela morreu no dia em que eu estava lá em casa, me matando pra tirar os meus pêlos com cera.
Meu mundo ficou um pouco menos completo, meu coração bateu mais fraco antes de ontem.
Eu não gosto quando as minhas pessoas vão embora.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Malboro.

- Você fuma? - ele demorou para responder e como num suspiro disse: Fumo e você? - Não, quase nunca. Não gosto do cheiro do cigarro.
Se não fosse pela música vinda do rádio, talvez o silêncio tivesse tomado conta. Logo mais, ela percebeu e perguntou - Mas você consegue ficar tanto tempo assim sem fumar?.
- Não. Mas hoje estou com você e você odeia o cheiro do cigarro. Ele pareceu constrangido, ela não queria estimular um constrangimento: Olha, vou fumar um para te fazer companhia então.
E ele sentiu-se convencido pelo sorriso dela. Tirou um cigarro do maço e lhe entregou, ela tocou com o cigarro os próprios lábios e aproximou seu rosto, para que ele pudesse acendê-lo. Ela fez aquele gesto de sempre. Ela gosta do movimento do cigarro, aquela partitura de tragar a fumaça e solta-la, levemente, abaixando o braço ao lado do corpo.
Pensou no lugar que poderia lavar as mãos depois. Pensou em muitas coisas. Ele parecia constrangido ainda. Os números, sempre, os números.
Ela pensou em parafrasear o Caio agora. E olha que ela só começou a fumar para parecer distraída. Achou melhor inventar uma própria frase.
Ao lado dele, com aquele velho all star sujo bambeando no degrau da sarjeta para ficar a sua altura, olhou em seus olhos e disse - eu não me importo com o cheiro do cigarro se ele estiver impregnado de você. Claro que sua boca encontrou a dele e um beijo calou a noite quente e úmida e todas as diferenças que existem entre os dois.
Claro que ela já estava em um estado tonto, alcoolizado, cedendo, perdendo para sua própria vontade.
E ele não sei, porque isso aqui é só um texto de blog. E essa história nem existe de verdade.

Bebo café pra não viciar em cigarros.

Sem televisão, sem computador nenhum e o quarto tomado pela água que insisti em cair por meio de goteiras.
Lá é um puxadinho, atrás da casa de uma senhora esquizofrênica que chama a todo momento e fala sozinha e telefona e grita do quintal me impedindo de entender tudo o que diz naquele texto de fonética. E são tantos es, que torna-se redundante. E tudo tem sido redundante.
Por isso decidi passar o maior tempo fora de casa (ou puxadinho, o apelido carinhoso e crível que dei para o local na qual eu moro) assim evito chatiações e possíveis histerias de minha parte.
Tô fora neste momento, assim que der fome volto, volto para lá. Tenho voltado para o aconchego do lar sempre que dá fome, como uma gata vadia que fica pelas ruas a procura de um resto de lanche podre de sardinha. Descobri que na escola onde faço inglês tem internet grátis. Foi a melhor descoberta do dia. Assim, posso fazer os trabalhos da faculdade que tenho que entregar nessa semana. Não sei quando voltarei a ter um computador. Tampouco sei, quando terei dinheiro para pagar uma hora de lan house, que na verdade, não dá pra nada.
Vou conseguir passar bem sem a televisão que por um motivo que desconheço queimou.
Mas sem computador é difícil, porque todas as coisas resolvo pelo computador. Incrível como ficamos dependentes de certas comodidades, não?
Na verdade não é isso. O computador ligado ao fundo do corredor, com janelinhas piscando, com pessoas se comunicando online comigo....
Me faz esquecer o quanto eu sou sozinha.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Essa é a terceira peça produzida pelo meu grupo, O Pequeno Teatro de Torneado.
Antes de viajarmos para o interior, estamos participando da mostra TUSP!

Fiquei feliz com essa oportunidade e nada mais feliz do que ver os amigos também!



Qualquer dúvida, comentem aí.

E no sábado depois da peça vou colar num snooker lá perto. Aniversário de um amigão.

Teatro, breja e sinuca, tu quer mais o quê?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ecossexuais

Achei essa matéria aqui no mínimo curiosa.

É sobre um livro lançado por uma ambientalista, para ecossexuais.

O que é isso? Bem, os Ecosexuais, são pessoas que fazem sexo se preocupando com o meio ambiente.
Jogam a camisinha no lixo e não na privada, reciclam os brinquedinhos de pilha, e reduzem as pegadas de carbono na humidade.

Eu fiquei intrigada. Não tem mais o que inventar? Que chata deve ser a vida dessa pessoa!

Selecionei duas frases que me intrigaram mais:

"Acho que o sexo verde está vivendo seu momento. As pessoas estão percebendo que seus hábitos cotidianos mais íntimos estão profundamente ligados à crise terrível que estamos vivendo".

"A maior coisa que as pessoas podem fazer para serem ecossexuais é ter menos filhos, ou nenhum".

Sobre as camisinhas e os brinquedos e as pilhas, pra mim, são medidas óbvias. Não precisa ser ecossexual pra ter noção, não é mesmo?

Mas fiquei me questionando...Deixar de ter filhos e não comer carne...é MESMO a solução para os problemas ambientais?
É esse o problema? ou é a falta de consciência da humanidade?

Por acaso foi a Pedrita e o BamBam que deram fim nos dinossauros?

Os homens, a série.

Meus hormônios e eu estamos numa fase gatinhos agora.
Gatinhos são aqueles caras que todas as garotas certamente acham bonitos.
Eles estão na fase dos 18 aos 30 e têm cara de bebê ou são bebês de fato. Outra característica é que eles se vestem bem dentro do que acredita-se ser o conceito de vestir-se bem.
Eu olho e não dou nada por eles, mas ultimamente eles vem ganhando um charme.

Mas hoje em dia, tá difícil de me enganar. Os gatinhos são péssimos para disfarçar na conquista.
Tem o Farmacêutico. Ele é um flerte que ainda não conheci bem. Vejo ele desde o ano passado.
Agora a aliança dele sumiu. Olha que coisa. Assim que eu resolver as questões dos primeiros da fila, vou convidá-lo para sair. Se eu não induzi-lo a fazer isso primeiro, é claro.
Essa semana entrei na farmácia e estava procurando um engov. Ele foi arrumar a prateleira que estava próxima ás minhas pernas e falou oi. Coincidência?
Ele tem cara de moço bom. Bonzinho. É uma novidade. Libriano, lindinho.

Tem o gatinho surpresa. O Pequeno Professor. Não sei como, mas eu percebi que ele olha pra mim.
Eu percebi isso três vezes e hoje eu inclusive, fiquei sem graça. Ele deve ter uns 18. Começou a ser gatinho agora. Saindo da idade maldita.
Surpreendente, um menino desse olhando pra mim. Eu me senti velha. Sou muito tiazona perto dele...

E por falar em gatinho, amanhã é o aniversário do atendente. Este não é mais flerte, é coisa séria. Ele fala que é o meu futuro namorado, mas não sei em qual futuro.
Ele continua se comportando como lanchinho. E pedindo vantagens de namorado. Ele fala que quer algo sério, mas que eu preciso ter tempo pra ele.
Tipo, me testando. Eu até seria namorada dele. ok, não acho ele intelectual e interessante. Mas ele ficaria muito melhor depois de passar por mim.
Mas eu não vou pedir pra namorar. Sou romantica das antigas, se o cara quer, ele pede. Ele deve querer mas não pediu, então...
Pra mim tá claro. Namorado ganha muito do meu tempo, garotos que se comportam como lanchinho, pouco tempo. Quer muito tempo? Compre o pacote, ué.
Faz duas semanas que não o vejo. Ele sabe deixar saudade, isso é importante.
Ele é um cara de muitas qualidades. Por isso hoje, vou fazer o clown da boa menina e mandar uma mensagem "enche ego" assim que passar pra meia noite.
E no dia seguinte vou ligar e dar parabéns. Tá bom né? Diga-se de passagem que se ele fosse namorado, ganharia um presente material também.
Tenho sentido mais simpatia por ele. O antendente deveria aproveitar e investir. Senão, não vai poder reclamar se ele quiser sair e eu não puder porque outro chegou na frente.

Sobre os outros, tem mais um que pontua a lista de gatinho interessante (é diferente de somente gatinho) que deu brecha, mas não segurança.
Faz aniversário daqui a pouco também. Por enquanto, vou guardar com muito carinho esse, para não estragar o cartucho.
E tem o primeiro do top 10 de interessantes, que também faz aniversário daqui a pouco. Mas como ele é o mais mais dos interessantes....
Vou correr um pouquinho atrás, só um pouquinho.

Todos sob o sol de áries. Momento de investir, certo?
Vou jogar a bola, se um deles chutar pro gol, finalizo o passe. Senão, troco a equipe dos titulares.

Ps: Não, isso não está virando um blog de mulherzinha que só fala dos homens. Os assuntos aqui continuarão sendo diversificados.

Ps2: Se quiser me achar vaca, porque resolvi escrever o que eu penso por aqui também, sinta-se a vontade.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Festa estranha com gente esquisita.

Agora que não tenho mais vida social aos dias de semana, tenho que selecionar muito bem o que eu vou fazer aos findis.
Pra esse sábado, havia uma opção (chopp verde de graça, festa de St.Patrick) mas acabei optando pelo encontro de harmônicas mesmo.
Os eventos musicais do sesc são muito legais, porque eles difundem movimentos culturais. E eu gosto disso.
O encontro de harmonicas teve 3 shows de três gaitistas diferentes, entre eles a Tiffany, que eu estava curiosa pra ver.
É legal porque o preço do evento é barato e acessível, a música é boa e além disso tem um público variado.
Há muito tempo que eu não bebia e dançava sem se importar com o mundo. Isso é sempre bom.
O Enéias tava lá também. Claro, ele não tava de curioso como eu, ele toca gaita. Quando eu o conheci só dei moral por causa disso, ahahahaha.
Ué, quantas pessoas você conhece que tocam gaita? Mas ele tocava bem pouco. Agora ele é o cara que customiza as gaitas do povo que toca no festival.
Depois eu fui pra um show de Blues, num barzinho. Achei o barzinho legal. Sentei numas almofadas e lá fiquei para ver o show.
Depois de um tempo comecei a achar tudo muito blasé. Rolê de rico, sabe como é.
Ok, o som estava bom, a companhia estava boa e o meu estoque de rum melhor ainda.
Mas não posso fingir que a elite me agrada. Tudo muito legal, mas o lugar são as pessoas e eu odeio gente blasé.
Eu era a Mônica da música do Renato Russo, na festa estranha com gente esquisita que o Eduardo inventou de ir. (Tem um vídeo da música ai embaixo, por sinal.)
Engraçado esse rótulo de que blues é coisa de gente cult e chique né? Eu finalmente entendi porque o B.B. King custa 1200 reais.
Não é porque é o B.B. King, é simplismente porque aqui a coisa é assim. Talvez se fosse mais barato, consumido por gente de todo o tipo, pareceria que a música do cara perdeu o valor.
Como eu sou um ser humano de fácil adaptação fiquei lá, quietinha na minha, ignorando o fato de ser pobre no meio dos ricos. Eu até estava curtindo, não gosto de ter preconceito só porque não tenho o perfil do rolê.
Fui embora antes de acabar o show por motivos de força maior, mas nem fez tanta diferença.
Olhar a chuva cair na avenida paulista e jogar conversa fora é algo mais simples e me agrada mais.
É bom andar na rua e sentir o vento bater na cara logo de manhã. Voltei pra casa, quando fiquei com fome.
Evidentemente, no domingo eu estava de ressaca e acabou por ser um dia nulo. E o tédio se reuniu em volta da mesa para comemorar.

Babadores azuis, por favor.

Vou ser tia de um moleque. Legal né?


Catalogando...

Meu amigo falou que todo rocker precisa de uma garota pra levar pra um lugar legal.

Adoro conhecer lugares legais, não tenho nada contra os rockers, adoro rock e não tenho tido tanto dinheiro para conhecer lugares legais. E mais que isso, eu sou uma garota e ainda assim sou legal.

Ficadica.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Reciclagem

Um amigo meu disse que cantou no casamento de uma amiga que ele ficava.

Se eu continuar assim, vai dar pra montar uma banda.
Os melhores podem fazer um solo no meio da música.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Babadores, por favor!

Gente, eu vou ser tia! Eu vou ser tia!!!!

E o dia começou com ótimas notícias!

quarta-feira, 17 de março de 2010

A menina que não queria dormir...

Eu tenho uma meta para hoje. Eu acordei 6:50 e não quero mais dormir.
Quero ficar sem dormir até a hora de voltar da faculdade.
Tô me sentindo muito vagabunda. Eu acordo cedo e capoto.
Não consigo ler todas as coisas da faculdade e isso me frustra.
Hoje acordei de bom humor pra ir pro inglês e quero fazer essa tentativa.
Consegui fazer minha lição e o texto que eu tinha que ler pra hoje e pra amanhã.
Mas agora não tem ninguém no msn que queira conversar comigo, estou me sentindo sozinha e o sono começou a bater.
Tomei um xícara e dois copos de café, se der certo, vou investir na fórmula.
Eu tenho muita coisa pra fazer na verdade, mas tem coisas que dão sono e quero escapar do sono.
No segundo semestre quero trabalhar e pra que eu não desmaie de sono na hora da aula preciso acostumar meu corpo a aguentar o batidão.
Vou acostumar, vai ficar tudo bem.

sábado, 13 de março de 2010

Motivo da ausência.

Uma semana já foi. Agora só faltam quatro anos menos uma semana.
Na terça, achei que não fosse aguentar. Mas depois comecei a me acostumar.
Acho a faculdade bem desorganizada ainda.
Eu sei que tá no começo. Mas a desorganização tá presente numas partes muito simples, do tipo dar uma informação correta ao aluno.
E cara, nada me tira mais do sério do que falta de organização. Em uma semana já recebi três informações erradas.
Os caras não entenderam que aluno novo não é obrigado a saber todo o sistema da faculdade? Foda.
Gostei das matérias que eu vou aprender durante o ano. De cinco professores, só não gostei muito de apenas de uma. Até que tá bom.
Tenho a impressão que esse curso é um ajuntadinho das poucas matérias que eu ia bem na escola. Isso me deixa menos frustrada.
A carga horária de leitura é intensa. Todo dia uns três textos de várias páginas para xerocar e ler em uma semana. Fora os livros que eu tive que comprar...
A faculdade é fora de mão pra porra. Eu vou e volto de fretado. É confortável. Mas lá não dá pra sair mais cedo, porque é bem fora de mão.
É longe do ponto e todos dizem que é perigoso. Merda. Eu queria passar um tempo a mais na faculdade, assistir matérias de outros cursos. Mas já comecei a repensar essa minha vontade.
Tô pagando por ter passado 2009 inteiro me gabando porque o meu cursinho era muito bem localizado.
Ou seja, minha única alternativa, é assistir todas as aulas, levando em consideração que já terei um número de faltas por mês por causa de umas apresentações aí.
Eu não estou reclamando, só estou escrevendo como as coisas são. Tirando essa parte da falta de organização e da impressão que eu tenho de que eu nunca mais terei vida social, eu tô gostando.
Eu até converso com as pessoas de lá. Tenho me surpreendido com a minha simpatia. Inclusive ja tenho três amigos.
Sempre quando eu penso que na verdade eu queria estar fazendo um curso de comunicação eu tento me apegar na base intelctual que vou receber nessa faculdade. E tento me confortar.
É um novo começo, sabe?

domingo, 7 de março de 2010

Dormi no ponto

Eu tava assim, na minha, usando o computador e avistei a bicha.
Malditos insetos! Se não fossem seus aparelhos bucais, suas antenas e sua capacidade de adaptação, vocês estariam fodidos!!!!
Lembrei de um stand up que vi há alguns dias. Lançava uma questão: Se as baratas gostam de esgoto e sujeira, o que uma barata poderia estar procurando na tua casa?
Babaca. E aquela barata estava ali, há dois metros do meu quarto, que eu limpo uma vez por semana. Muita cara de pau né?
Eu odeio matar baratas. Portanto, tomei a atitude mais óbvia. Tentei acordar alguém da casa, mas ninguém acordou.
Eu não sabia onde estavam as ferramentas para retirar aquela criatura terrível, abominável e irritante dali, por isso resolvi usar uma estratégia.
Fingi que não estava vendo ela lá, paradinha. Fiquei mais um tempo ignorando a sua existência e quando olhei novamente ela permaneceu imóvel, na mesma posição.
Pensei - ja deve ter morrido, esperando uma reação minha, oras! - Mas ela mudou de posição logo em seguida. E o tempo passou denovo e agora assim, ela permaneceu imóvel.
Devia estar dormindo. Cheguei a essa conclusão e resolvi dormir também. - Amanhã quando eu acordar vou mata-la de surpresa!
Ela vai acordar para morrer, essa vadia.
Mas quando acordei, a vagabunda pilantrinha já não estava mais lá.
Vai ver ela já tinha saido para trabalhar.

Vida nova.

Fui fazer a minha matrícula naquele dia lá. Minhas primeiras impressões sobre o lugar que provavelmente vou frequentar por no mínimo quatro anos, foram melhores do que eu esperava.
A universidade é nova, tem aquele campus desde 2006, pelo que eu entendi, foi construida ali, para revitalizar o bairro.
O bairro onde se localiza a universidade agora, era um dos pontos onde havia o maior indíce de criminalidade em guarulhos/bonsucesso.
Me pareceu um bairro de periferia. Um lugar com história pra contar. E eu gostei disso. Há uma preucupação com a função social daquela universidade também.
Não andei tanto pelo campos. Eu estava com os meus pais e achei mais conveniente, ficar quietinha. Embora eu já tenha começado a interagir.
Eu gostei do campos, não sei quanto estrutura/número de alunos, mas achei extremamente bonitinho e acho que dialoga muito com o que eu imaginava.
Com o que eu imaginava que queria pra mim. Sempre estudei em prédios grandes e fechados (meu colégio era dentro de uma universidade) e isso sempre me incomodou.
Tem umas pracinhas, um galpão enorme e um teatro. E as cadeiras são confortáveis. E eu me senti extremamente bem.
Conheci alguns veteranos. Comprei produtinhos deles. E também me senti bem recepcionada. O lugar são as pessoas de fato e eu fui com a cara daquelas pessoas.
Eu tinha uma viagem pra Bahia no final de março. Já tinha comprado as passagens. Mas não vou poder ir. Tenho que frequentar as aulas nos primeiros 30 dias, senão eu perco a minha vaga.
E acho justo. Já cancelei a viagem. Sendo assim, vai demorar um pouco mais pra eu saber o que é andar de avião.
Minhas aulas começam nessa segunda. Tô ansiosa. Eu ainda não sei direito o que vai fazer da vida a partir de agora.
Acho que eu ainda não entendi que eu passei. É uma sensação estranha.
Meus amigos do cursinho resolveram beber para comemorar minha aprovação. Nenhum deles passou, ainda.
Eu sempre achei que eles é que iam passar e eu é que não.
E isso é estranho também. Ás vezes eu recebo parabéns e não lembro porque tô recebendo.
Eu ainda não saí daquele estado.
Eu continuo boiando na atmosfera sem saber o que vem daqui a pouco.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Essa história de vestibular...

Meu pai falou que amanhã é o grande dia. Talvez seja porque amanhã, talvez a ficha comece a cair.
Amanhã vou me matricular na faculdade.
O lugar que fica a faculdade ainda é uma icógnita pra mim. Mas pelo menos agora já sei qual a grade curricular.
Eu prestei uma faculdade sem saber a grade curricular. É porque eu quero muito fazer uma boa faculdade, talvez por isso a grande tenha ficado em segundo plano.
E eu gostei da grade, me empolguei e até vi umas fotos da própria faculdade e gostei também.

Me perguntaram como eu to me sentindo agora que eu passei numa faculdade pública e eu me sinto só feliz por enquanto. Muito feliz.
E tem uma sensação de alívio e conforto, ao saber que eu não vou precisar largar o teatro pra me dedicar a mais um ano de cursinho.
Eu não sinto orgulho de mim mesma. Eu tô muito feliz, por ter chegado até aqui, acho uma vitória e começo a gostar da minha persistência.
Eu tive todo o incentivo pra escolher este caminho, mas fui eu que escolhi. Eu poderia ter cursado publicidade e propaganda na uninove, assim que eu sai do colégio.
Quando eu decidi não fazer este curso que eu havia prestado, todo mundo achou que eu era louca da cabeça, quando eu disse que ia ficar um ano só fazendo teatro, talvez tenham pensado que eu não tinha mais jeito.

Este ano por muito tempo me arrependi dessa escolha. Mas hoje eu vejo que foi um passo de maturidade. Eu não sabia como fazer para cursar uma faculdade que de fato, me deixasse satisfeita.
Eu sai do colégio me sentindo muito incapaz. E hoje eu vejo que esse tempo foi bacana para eu conhecer coisas, experimentar e descobrir o que eu realmente quero.

Antes do conhecimento, o cursinho foi uma experiência muito importante pra mim. Tenho questões ainda que eu tentaria melhorar, mas eu não me arrependo de nada.
Não é um motivo de orgulho para mim, ver o meu nome na lista. Porque eu sei que eu posso ir além disso.
Mas me orgulho ao ver que eu fui honesta comigo mesma durante o ano passado. Eu não deixei de ser eu mesma, só pra passar numa faculdade pública.
Eu vi muita gente assim. estudantes alienados. E eu não queria ser assim. Era muito doloroso saber que eu não podia ir aos simulados e aulas extras porque eu estava fazendo teatro.
Mas se eu não pasasse este ano, eu teria que largar o teatro pra me dedicar só ao cursinho e talvez fosse mais doloroso ainda.
Eu não tinha tempo de estudar como deveria por causa do teatro. O cursinho exige muito tempo e o teatro também. Era dificil conciliar e sei que isso me fodeu, porque eu resolvi bancar os dois.
Mas eu também não me arrependo. Sim, eu poderia ter ido melhor. Mas eu fui honesta comigo mesma e passei da mesma forma.
Eu não era a melhor aluna em números também. A minha nota mais alta no simulado foi C-. Eu fiz no máximo 3 redações, isso porque eram quinzenal.
Depois que eu percebi que as aulas de inglês e redação não me acrescentavam em nada, eu comecei a cabular aula. Não me arrependo também. A única palestra na qual eu consegui me increver, eu não assisti nem metade poque tinha trabalhado o dia inteiro e não estava aguentando. Eu sempre tinha vergonha pra tirar dúvida com os professores. Não consegui fazer nem metade dos exercícios que eu julgava importantes.
Mas não me arrependo de ter feito mais amigos do que provas. Eu tenho muito orgulho dos amigos que fiz no cursinho.
Eu não tava preparada pra primeira fase da fuvest e só consegui começar a realmente me preparar depois de saber que eu tinha passado na segunda. Antes eu não acreditava que isso poderia acontecer.
Fiquei desesperada e pedi para ensaiar menos com o meu grupo. E eles entenderam. Eu estudava mais. Mas já havia perdido um bom tempo.
Pro enem e pra segunda fase da unifesp eu estava mais ou menos preparada, ainda que pro Enem eu não soubesse quimica, fisica e matematica.
E pra segunda fase da fuvest eu me preparei. Mas fui sem saber fisica, quimica e matematica também. Porque no inicio do cursinho eu estava ensaiando. Eu fui sem saber, mas eu queria estar sabendo. Mas de fato, não deu.
Foi um aprendizado mesmo assim. E de qualquer forma, eu sei que embora eu tenha milhares de itens para citar o quanto eu não fui o que eu acho que eu deveria ter sido, eu sei o quanto eu larguei a minha vida pra me dedicar aos estudos neste ano e eu sei que eu fiz o meu melhor, sem deixar de ser eu mesma.

No cursinho eles te ensinam também a achar que só porque você entrou numa faculdade pública você é melhor. E eu não acho que eu sou melhor do que alguém.

Eu aprendi que vida é uma questão de oportunidade.
Você pode ter uma oportunidade ou não. Você pode agarrar esta oportunidade ou não.

Eu tô feliz porque eu acho que valeu a pena. E se não valeu de verdade, eu não vou desistir de tentar fazer valer. Tô feliz porque este é o fim de um ciclo e porque eu sei que todo fim é um novo começo.

terça-feira, 2 de março de 2010

E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração...

Gostei muito deste vídeo aí. É clipe em animação da música "Eduardo e Mônica" do Legião Urbana.
Sim, gosto das músicas do legião. E gosto dessa música, particularmente.
Foi uma das primeiras deles que conheci, lá pelos meus 11, 12 de idade.

Enfim, recomendo este clipe, achei muito criativo.


Sorte ou revés?

Revés

Você gastou todo o seu dinheiro em cerveja e depois não tinha mais nada.

Fique uma rodada sem jogar.

Suspiro.

Hoje começo a olhar para a frente e me sinto feliz ao fazer isso.
Agora vai ficar tudo bem, sabe? Agora eu vou deitar a minha cabeça, naquele meu velho travesseiro murcho e vou me sentir mais confortável, sabendo que um quase problema acaba de ir embora e eu continuo viva, vivendo um dia de cada vez, mesmo que a minha ansiedade tome conta de mim. Agora vai ficar tudo bem, sabe?

segunda-feira, 1 de março de 2010

Passei!!!!

- Má, você não vai precisar mais ir no etapa né?

- Ué, claro que vou.

Hoje eu ia fazer mais uma prova de bolsa no cursinho, afim de conseguir um bom desconto pra fazer extensivo.
Pra fazer mais um ano de cursinho e tentar o vestibular novamente.

- Não vai não. Você passou na 3ª chamada.

E eu nem tinha visto a lista. De qualquer forma, eu tô me sentindo muito, muito feliz. Poder estudar por quatro anos numa boa faculdade, representa muitas coisas para mim. E acho que nem consigo expressar o que é este sentimento ainda.

Obrigada a todos que torceram por mim, obrigada etapa por me ensinar tudo que eu não aprendi, obrigada amigos do cursinho por estarem nessa jornada fazendo com que os dias tenham sido menos dolorosos,obrigada mamãe e papai por acreditarem em mim, obrigada torneado por entender todas as minhas crises e obrigada unifesp por me aceitar mesmo ficando evidente que eu tenho problemas com números.

Obrigada.

Só pra dar uma centrada.

Estou gostando de escrever aqui porque tenho a impressão de que, automaticamente, este blog parece começar a percorrer um caminho mais maduro. Minha mania de explicar tudo e eu. Gostaria de perder um pouco isso. O exercício de escrever é algo que me faz muito bem. Eu não produzo grandes textos, evidentemente. Mas escrever me proporciona uma reflexão sobre o meu momento. E isso tem sido importante. Eu não entendo bem como funciona o sistema daqui, mas estou tentando me adequar.
Há muitos assuntos na qual eu tenho vontade de divagar aqui, mas eu quero buscar a síntese. As vezes, creio que eu sou um tanto quanto prolixa. Existem tantas coisas que eu quero falar e escrever, de certa forma, é um jeito de desaguar toda essa enxurrada de idéias e pensamentos e desimportâncias.

Eu sei que este blog está desorganizado. A minha cabeça também anda bem desorganizada. Por ora, estou tentando colocar os links e os neorônios no lugar.

Obs: A Luísa, minha amiga da época de ginásio (adoro essa divisão: primário, ginásio e colegial. [ahhhh, garota colegial....ahhhh, eu não sou tão mal]) está me ajudando com as coisas complicadas do blog aqui. Obrigada Lu. Minha vida de HTML não seria nada sem você.

Ótimo começo de semana, meu povo.