sexta-feira, 23 de julho de 2010

Do lado direito do cérebro.

Pode ser que seja um drama. Mas e daí? É o meu drama e ponto final. O objetivo sempre foi expurgar a emoção e pronto.
E por mais que eu tente disfarçar, sou uma menina, historicamente falando, nasci para parir e sofrer a espera de alguém que talvez não venha. Trago comigo toda aquela subjetividade do cromossomo X que o meu pai fecundou em minha mãe. Não me envergonho da minha subjetividade. Se eu passar muito tempo presa, sem contato com o mundo saberei quanto tempo passou, sou capaz de contar quantas vezes menstruei e concluir quantos meses se passaram, portanto.
Tenho o direito de ser atriz dos meus próprios dramas, sou protagonista das histórias que eu mesmo invento.
Abre-se as cortinas e no meio do espaço há um pequeno foco de luz e dentro desse foco há uma garota que escreve cartas que são enviadas para alguém que não responde.
Mas ela transforma em estímulo.
Mesmo que o meu silêncio também consiga falar por mim.

Um comentário:

Bruno Lourenço disse...

Sempre que te leio me lembro da possibilidade de ser simples e poético.

Lindo, Má.
Talvez triste... Talvez bobo...
Mas lindo. (E somos bobos)