Ontem eu estava de muito bom humor e resolvi que era dia de beber na rua e ver pessoas.
Lá estava eu no metrô, quando o vejo. Quem? Quem? Quem? O Muso! O meu Muso da faculdade!
No mesmo vagão que eu. Pena que eu já ia descer naquela estação, que pena! Mas aí, já tenho assunto pra falar com ele na segunda-feira.
Não é ótimo?
Depois disso, fiquei achando que o dia terminaria muito bem!
Subi a Augusta ainda com um sorrisão e colei num barzinho que minhas amigas estavam numa mesa na calçada.
Reparei que um moço com cara de vendedor de miçanga (perfil típico dos estudantes da minha faculdade) estava olhando pra mim. Ignorei.
Ele veio pedir um cigarro. Tática clichê. Mas ele tinha cabelo cacheado e barba, dei um cigarro.
Ele puxou assunto por causa do cigarro (tática ainda clichê, porém, funcional.) e depois pagou uma cerveja pra minhas amigas e pra mim.
E parecia aceitar que eu não queria papo, começou a conversar com as amigas também. Ele é Designer.
Agora vamos ao perfil dele: Além de cara de vendedor de miçanga, ele tem os olhos um pouco vermelhos, coisa de quem puxa uns backs.
E pra mim, quem puxa muito back a ponto de deixar o olho avermelhar, acaba ficando burro. E ele parecia ser meio lento mesmo.
Mas...pagou a cerveja. E na minha classificação etária, ainda por cima, ele é Kids. Não estava disposta a cuidar de um kids em minha última sexta feira de férias.
Mas como eu estava de bom humor e ele ainda havia pagado a cerveja, continuamos a conversa. E cada vez mais óbvio que ele queria ficar comigo.
Tá difícil de me enganar, hoje em dia, confesso.
Minhas amigas estavam indo embora do barzinho e chegou outra amiga, pra dar continuidade no rolê. E todos lá conversando.
E aí, eu precisava decidir o que fazer com o Kids/Designer que parecia muito afim da minha pessoa.
Claro que pra isso....eu perguntei: "E aí? qual teu signo?" e ele disse "Advinha!". Ok, adoro advinhar signos.
Pela situação chutei áries e touro e não era. Alguém chutou gemeos e claro que não era e alguém falou aquário e eu achei que pudesse ser e não era.
Antes que eu pudesse pensar ele disse "Escorpião". Ah, puta que pariu. Bom, escorpião sempre faz isso. Fala pra advinhar e quando começa a ficar legal, estraga a brincadeira.
Então ele disse que ninguém gostava de escorpião. Eu disse que gostava e que era um signo que tinha muito magnetismo. Ai, pra quê.
Mas aí eu pensei: escorpião fácil na minha + cerveja de graça + nunca beijei um escorpião = tenho uma missão!.
Bom, então começamos aqui a história do atual flerte: Designer.
Era o dia de sorte dele. Sabe? De muita sorte. Era uma promoção. Eu resolvi ficar com aquele cara. Eu estava indo beber em outra calçada e passei meu celular pra ele me achar lá se quisesse.
E ele foi atrás! hahahahaha, homem bom é isso, gente, vai atrás de seus objetivos. Ele pagou mais uma cerveja pra mim e pras amigas...uhu, assim que eu gosto.
Tava tudo bem, muito divertido, mas aí a amiga resolveu dar rolê no tatuapé. Ah não, não iria passar minha última sexta livre no tatuapé.
Resolvi beber mais umas cervejas com o mocinho até a hora de ir embora e experimentar o magnetismo escorpiniano, é claro.
Hoje havia uma mensagem dele em meu celular, falando que o dia tá lindo.
Missão concluída com êxito.
sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Escorre água em versos livres.
Senti o cheiro de mofo vindo do colchão
e tomei uma atitude.
Mudei de lugar o que eu chamo de cama
e desde então
tenho conseguido dormir melhor
Havia goteiras por todos os cantos
Goteiras que pingam como lágrimas
Carregando impurezas encontradas á frente
Devastando pequenos espaços um pouco mais abaixo
Por um momento
cheguei a pensar
que acordaria menos sozinha
Mais uma vez era um sonho
Da qual eu despertei
Antes de voltar a dormir.
e tomei uma atitude.
Mudei de lugar o que eu chamo de cama
e desde então
tenho conseguido dormir melhor
Havia goteiras por todos os cantos
Goteiras que pingam como lágrimas
Carregando impurezas encontradas á frente
Devastando pequenos espaços um pouco mais abaixo
Por um momento
cheguei a pensar
que acordaria menos sozinha
Mais uma vez era um sonho
Da qual eu despertei
Antes de voltar a dormir.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Não havia esparadrapos.
As vezes eu fico aérea, dispersa, com vontade de ficar sozinha e mandar qualquer pessoa que me impeça de fazer isso, se foder.
Vá se foder, me deixa em paz um pouco, por favor. Vá foder com alguém, que seja.
Tenho vontade de sair pela rua, deitar no aslfato quente do meio dia, rolar até lá embaixo, passar as mãos em meu rosto sujo de sangue e sentir arder, arder, arder.
Talvez não tenha ninguém pra limpar com água quente e passar mercúrio e deixar meu rosto avermelhado.
Talvez não tenha ninguém do outro lado da esquina, se preocupando mesmo.
Chorarei água com sal, por conseguir ser tão amarga.
Mas é que tem e tinha. Tem alguém. Sempre terá alguém que tentou me ajudar a ser uma criatura melhor.
E...um dia vou perceber que um pouco de gratidão não faz mal a ninguém.
Por isso, qualquer idéia de egoísmo, tento deixar pra depois.
Vá se foder, me deixa em paz um pouco, por favor. Vá foder com alguém, que seja.
Tenho vontade de sair pela rua, deitar no aslfato quente do meio dia, rolar até lá embaixo, passar as mãos em meu rosto sujo de sangue e sentir arder, arder, arder.
Talvez não tenha ninguém pra limpar com água quente e passar mercúrio e deixar meu rosto avermelhado.
Talvez não tenha ninguém do outro lado da esquina, se preocupando mesmo.
Chorarei água com sal, por conseguir ser tão amarga.
Mas é que tem e tinha. Tem alguém. Sempre terá alguém que tentou me ajudar a ser uma criatura melhor.
E...um dia vou perceber que um pouco de gratidão não faz mal a ninguém.
Por isso, qualquer idéia de egoísmo, tento deixar pra depois.
Para relaxar!
Obs: Sempre fui mais Woody do que Buzz.
Obs2: Ainda não assisti o toy story 3
Obs3: Só eu acho esse momento do filme incrível?
Obs4: Resolvi abrir essa nova série no blog (Meus textos ficam muito tensos, ás vezes!) para relaxar.
Obs5: Chega de observações e vejam o vídeo!
Ps: Sempre quis um boneco do Buzz e nunca me deram. Ficadica!
terça-feira, 27 de julho de 2010
Conseguir ler alguma coisa é legal.
Antes de fazer meu comentário sobre o último livro que li (depois de muito tempo sem conseguir ler alguma coisa até o fim) queria divagar um pouco sobre essa questão da leitura.
Por que estou fazendo isso? Oras, porque é uma questão que venho pensando há algum tempo.
Sabe como é, entrei num curso de letras que me fez pensar bastante. Semestre passado, acho que eu amadureci uns dois anos de cabeça no mínimo.
É muita coisa pra ler e escrever. Ou seja, essas coisas que eu fazia por prazer, viraram....parte do trabalho.
No início foi complicado para eu entender, mas agora penso com mais distanciamento e menos cobranças.
Eu andei me cobrando muito neste semestre. E me cobrar demais, só me frustrou sabe? Exalei essa minha energiazinha CDF pra um lugar na qual não deveria ter exalado.
Fiquei com saudade da época do cursinho, quando largava mão de tudo que não conseguiria aprender e ia beber e dar risada com os meus amigos.
Não me arrependo. Passei na faculdade do meu jeito e tô aí, no meio da galera que assiste aula bonitinho e não bebe.
Faltou um pouco disso na faculdade. Faltou eu compreender melhor onde estava o meu limite.
Infelizmente, eu tenho um limite bem pequeno. Sabe, não consigo me concentrar muito tempo na mesma tarefa. A menos que a tarefa, consiga prender a minha atenção.
Não tenho conseguido mais ler livros inteiros ou assistir filmes inteiros, sem ficar dispersa. Essas férias foram extremamente frustrantes para mim.
Chega uma hora, em que cansa, ler e assistir coisas do mesmo nível e eu tento andar pra frente. E aí, eu me frustro, porque eu não consigo.
Nessas férias, fiquei pensando se o caminho, não é forçar o cérebro em coisas mais simples, antes de passar para as coisas que exigem mais concentração e atenção.
Depois de duas tentativas de leitura frustradas, resolvi pegar o último livro que ganhei para me divertir: "O menino do pijama listrado".
Antes dele, eu tentei ler "A eciclopédia de Serial Killers de A a Z", que porra, é interessante pra caralho, um dia fui lendo no metrô e fiquei alucinada.
Mas nunca mais senti vontade de pegar aquele livro e acabar de ler. Também tentei ler "Armadilhas para Lamartine" que estava no programa de estudos literários deste semestre, pensei que dessa vez eu iria conseguir porque é uma narrativa.
E nada, sempre me desconcentrava ao ler, bem como a eciclopédia, é muito interessante, mas não conseguia parar, deitar na cama e lê-los.
Frustrada, peguei "o menino do pijama listrado" da minha prateleira, decidida a ter conseguido ler, pelo menos um livro inteiro durante as férias.
E o fiz em três dias.
Sabia que conseguiria. É um best seller, afinal de contas. Imagino que best sellers não exijam assim taaaaaaanta atenção, já que muitas pessoas lêem e gostam.
Bom, ainda que, eu sempre tenha muitas questões com coisas que "todo mundo gosta", quando se trata de filmes e livros tento não ser preconceituosa e deixar que a minha curiosidade leve a melhor.
Para que assim, eu possa conhecer as coisas e ter algo pra falar. Mesmo gostando ou não.
Ao ver o tamanho deste post, percebo que é uma questão mais complexa para mim, do que eu havia imaginado.
Um dia termino de formular tudo e escrevo aqui.
Por que estou fazendo isso? Oras, porque é uma questão que venho pensando há algum tempo.
Sabe como é, entrei num curso de letras que me fez pensar bastante. Semestre passado, acho que eu amadureci uns dois anos de cabeça no mínimo.
É muita coisa pra ler e escrever. Ou seja, essas coisas que eu fazia por prazer, viraram....parte do trabalho.
No início foi complicado para eu entender, mas agora penso com mais distanciamento e menos cobranças.
Eu andei me cobrando muito neste semestre. E me cobrar demais, só me frustrou sabe? Exalei essa minha energiazinha CDF pra um lugar na qual não deveria ter exalado.
Fiquei com saudade da época do cursinho, quando largava mão de tudo que não conseguiria aprender e ia beber e dar risada com os meus amigos.
Não me arrependo. Passei na faculdade do meu jeito e tô aí, no meio da galera que assiste aula bonitinho e não bebe.
Faltou um pouco disso na faculdade. Faltou eu compreender melhor onde estava o meu limite.
Infelizmente, eu tenho um limite bem pequeno. Sabe, não consigo me concentrar muito tempo na mesma tarefa. A menos que a tarefa, consiga prender a minha atenção.
Não tenho conseguido mais ler livros inteiros ou assistir filmes inteiros, sem ficar dispersa. Essas férias foram extremamente frustrantes para mim.
Chega uma hora, em que cansa, ler e assistir coisas do mesmo nível e eu tento andar pra frente. E aí, eu me frustro, porque eu não consigo.
Nessas férias, fiquei pensando se o caminho, não é forçar o cérebro em coisas mais simples, antes de passar para as coisas que exigem mais concentração e atenção.
Depois de duas tentativas de leitura frustradas, resolvi pegar o último livro que ganhei para me divertir: "O menino do pijama listrado".
Antes dele, eu tentei ler "A eciclopédia de Serial Killers de A a Z", que porra, é interessante pra caralho, um dia fui lendo no metrô e fiquei alucinada.
Mas nunca mais senti vontade de pegar aquele livro e acabar de ler. Também tentei ler "Armadilhas para Lamartine" que estava no programa de estudos literários deste semestre, pensei que dessa vez eu iria conseguir porque é uma narrativa.
E nada, sempre me desconcentrava ao ler, bem como a eciclopédia, é muito interessante, mas não conseguia parar, deitar na cama e lê-los.
Frustrada, peguei "o menino do pijama listrado" da minha prateleira, decidida a ter conseguido ler, pelo menos um livro inteiro durante as férias.
E o fiz em três dias.
Sabia que conseguiria. É um best seller, afinal de contas. Imagino que best sellers não exijam assim taaaaaaanta atenção, já que muitas pessoas lêem e gostam.
Bom, ainda que, eu sempre tenha muitas questões com coisas que "todo mundo gosta", quando se trata de filmes e livros tento não ser preconceituosa e deixar que a minha curiosidade leve a melhor.
Para que assim, eu possa conhecer as coisas e ter algo pra falar. Mesmo gostando ou não.
Ao ver o tamanho deste post, percebo que é uma questão mais complexa para mim, do que eu havia imaginado.
Um dia termino de formular tudo e escrevo aqui.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
e toda idade tem prazer e medo.
Eu acabei de arrumar o quarto e pensei nisso. Uma vez alguém disse que o nosso quarto é a reflexão da nossa mente.
E a minha mente devia estar cheia de pó e com muito lixo, assim como o quarto. Mas já limpei o chão e preparei o quarto pra um novo ciclo, embora algumas coisas que ainda preciso tirar, ainda estejam aqui.
Hoje acordei disposta a fazer esta semana render, acordei cedo, coloquei uma música, acendi um incenso, como há muito não fazia.
Meu corpo dói, essa porra é tensão, sei disso. Que bom que estou tomando um remédio forte, porque se essa tensão for pra minha coluna, aí fodeu.
Eu sinto sono e tomo um café. Tem sempre o café que o papai fez e eu posso contar com o café, com este café.
Hoje perguntaram no meu formspring por que ler e escrever é tão importante, se tem coisas não dá para serem escritas ou lidas.
Ora essa, pra mim, tudo pode ser escrito e lido. Por isso leio e não contente, escrevo também. E o caos é muito bem vindo por aqui e a solidão também.
E agora pensei que tem coisas, que a gente só vive pensando, lendo e escrevendo. Sim, essa parte é triste, é muito triste.
Tem coisas que não dá tempo de viver, e aí, a gente escreve e lê, numas de achar que vamos viver um dia.
Tenho transformado tudo em texto. É um jeito de sentir menos dor. E não só em texto, mas tranformar tudo em algo bom.
Hoje acordei pensando nisso. No fim. Meu sono chegou ao fim e eu pensei. Eu pensei que toda história tem um fim.
Mas na vida, todo fim é um novo começo. Foi isso que eu vi naquele filme bobo de menina, que tinha aquela atriz bonita que morreu.
Todo fim é um novo começo, sempre trago essa frase comigo. E é difícil aceitar. É difícil pra caralho aceitar o fim das coisas.
E junto com o fim tem também o exercício da humildade e do desapego. É mesmo, muita informação.
Quando chega no fim, tenho que transformar, já que todo fim é um novo começo. E é preciso coragem pra recomeçar.
Como disse anteriormente, é preciso transformar em algo bom. Ao pensar no fim, pode ser que apareçam erros e acertos e na verdade, sempre penso que entre o erro e o acerto há um longo caminho a ser percorrido.
E tenho procurado algo bom em tudo, tenho chamado todas as cagadas de aprendizado, um aprendizado que se tornará experiência.
Depois da experiência, o acerto chega, eu sei. Se não chega, não paro de buscar.
E eu desejo errar muito. Porque só assim, é possível aprender e ter algo para dizer.
E eu desejo ter tolerância com quem erra, porque dói, mas faz parte do meu aprendizado também.
Desistir é um verbo triste.
E a minha mente devia estar cheia de pó e com muito lixo, assim como o quarto. Mas já limpei o chão e preparei o quarto pra um novo ciclo, embora algumas coisas que ainda preciso tirar, ainda estejam aqui.
Hoje acordei disposta a fazer esta semana render, acordei cedo, coloquei uma música, acendi um incenso, como há muito não fazia.
Meu corpo dói, essa porra é tensão, sei disso. Que bom que estou tomando um remédio forte, porque se essa tensão for pra minha coluna, aí fodeu.
Eu sinto sono e tomo um café. Tem sempre o café que o papai fez e eu posso contar com o café, com este café.
Hoje perguntaram no meu formspring por que ler e escrever é tão importante, se tem coisas não dá para serem escritas ou lidas.
Ora essa, pra mim, tudo pode ser escrito e lido. Por isso leio e não contente, escrevo também. E o caos é muito bem vindo por aqui e a solidão também.
E agora pensei que tem coisas, que a gente só vive pensando, lendo e escrevendo. Sim, essa parte é triste, é muito triste.
Tem coisas que não dá tempo de viver, e aí, a gente escreve e lê, numas de achar que vamos viver um dia.
Tenho transformado tudo em texto. É um jeito de sentir menos dor. E não só em texto, mas tranformar tudo em algo bom.
Hoje acordei pensando nisso. No fim. Meu sono chegou ao fim e eu pensei. Eu pensei que toda história tem um fim.
Mas na vida, todo fim é um novo começo. Foi isso que eu vi naquele filme bobo de menina, que tinha aquela atriz bonita que morreu.
Todo fim é um novo começo, sempre trago essa frase comigo. E é difícil aceitar. É difícil pra caralho aceitar o fim das coisas.
E junto com o fim tem também o exercício da humildade e do desapego. É mesmo, muita informação.
Quando chega no fim, tenho que transformar, já que todo fim é um novo começo. E é preciso coragem pra recomeçar.
Como disse anteriormente, é preciso transformar em algo bom. Ao pensar no fim, pode ser que apareçam erros e acertos e na verdade, sempre penso que entre o erro e o acerto há um longo caminho a ser percorrido.
E tenho procurado algo bom em tudo, tenho chamado todas as cagadas de aprendizado, um aprendizado que se tornará experiência.
Depois da experiência, o acerto chega, eu sei. Se não chega, não paro de buscar.
E eu desejo errar muito. Porque só assim, é possível aprender e ter algo para dizer.
E eu desejo ter tolerância com quem erra, porque dói, mas faz parte do meu aprendizado também.
Desistir é um verbo triste.
domingo, 25 de julho de 2010
O nosso amor a gente inventa pra se distrair.
A primeira noite dá um pouco de medo mesmo. Mas depois passa, você vai ver. E que seja doce.
Depois haverá outras coisas para ocupar tua cabeça, aquela que na qual, não receberá um carinho.
Esta não é a primeira vez que acontece, não é mesmo? E me arrisco em dizer, que não será a última.
Mas vai ficar tudo bem. Um sopro já te empurra pra frente. Um chute então, é capaz de te fazer andar, mesmo que cambaleando.
Pense naquela imagem, alguém te leva pra cima de uma montanha e te empurra lá de cima. Você cai rolando, batendo a cara, colecionando feriadas e novas escoriações.
Normal. As feridas fecham. Algumas demoram para cicatrizar, tente esquecer da existência delas. Feridas se propagam e viram um câncer. E você não quer ter um câncer, não é mesmo?
Você não quer ver o seu cabelo caindo, correto? Pois é, filho, você não merece isso.
Você é só uma criança perdida no farol com esperança de ganhar uma esmola. Mas vai ficar tudo bem.
É só você sair dessa esquina errada. Essa encruzilhada louca. Filho, como tu foi parar aí?
A mamãe disse tanto pra tu tomar cuidado com os homens maus.
E olha só, alguém dá um sorriso mais simpático, te conta uma história e tu já se sente a vontade para oferecer tua mãozinha e ajudar.
Não há um problema nisso, meu filho. Sei o quanto te fiz receptivo e incapaz de negar uma ajuda.
As pessoas vão te magoar e te decepcionar mesmo. Mas por favor, não deixe de acreditar em você mesmo e defender os teus príncipios.
Não deixe que as pessoas façam de você, uma criatura fria.
Sei que o calor do teu abraço é capaz de aquecer e até mesmo derretar uma pedra.
Agora, levante-se deste canto. Não fique expondo as suas fragilidades. Sabe o que o que as pessoas fazem com as tuas fragilidades?
Elas pegam suas fragilidades e usam contra tu depois. E você ainda é novo, não vai saber o que fazer quando se sentir inseguro.
Tu só tem 20 anos, tem muito o que bater, antes de desistir. E vai demorar pra tu criar maturidade, fio. Já aviso. Tem ainda mais uns vinte anos pela frente.
Vai logo, levanta daí. Vamos arrumar toda essa bagunça, antes que comece a acumular poeira e a gente comece a tossir.
Ficou tudo sujo de sangue. Vamos limpar tudo? Vai lá, pega um desinfetante de cheiro bom. E arruma outro pano de chão, que aquele já tá bem sujo e feio.
Vamos fio, a mamãe tá aqui. Passa o desinfetante nas paredes, mas cuidado com as rachaduras que ficaram, ta? Vai arder bastante....mas assopra que passa.
Dessa vez nós não achamos que ia machucar, mas acabamos nos machucando.
Mas vai ficar tudo bem fio. Deixa que a mãe cuida de você.
Eu prometo que vai ficar tudo bem.
Foi só uma história boba que a mamãe inventou.
Depois haverá outras coisas para ocupar tua cabeça, aquela que na qual, não receberá um carinho.
Esta não é a primeira vez que acontece, não é mesmo? E me arrisco em dizer, que não será a última.
Mas vai ficar tudo bem. Um sopro já te empurra pra frente. Um chute então, é capaz de te fazer andar, mesmo que cambaleando.
Pense naquela imagem, alguém te leva pra cima de uma montanha e te empurra lá de cima. Você cai rolando, batendo a cara, colecionando feriadas e novas escoriações.
Normal. As feridas fecham. Algumas demoram para cicatrizar, tente esquecer da existência delas. Feridas se propagam e viram um câncer. E você não quer ter um câncer, não é mesmo?
Você não quer ver o seu cabelo caindo, correto? Pois é, filho, você não merece isso.
Você é só uma criança perdida no farol com esperança de ganhar uma esmola. Mas vai ficar tudo bem.
É só você sair dessa esquina errada. Essa encruzilhada louca. Filho, como tu foi parar aí?
A mamãe disse tanto pra tu tomar cuidado com os homens maus.
E olha só, alguém dá um sorriso mais simpático, te conta uma história e tu já se sente a vontade para oferecer tua mãozinha e ajudar.
Não há um problema nisso, meu filho. Sei o quanto te fiz receptivo e incapaz de negar uma ajuda.
As pessoas vão te magoar e te decepcionar mesmo. Mas por favor, não deixe de acreditar em você mesmo e defender os teus príncipios.
Não deixe que as pessoas façam de você, uma criatura fria.
Sei que o calor do teu abraço é capaz de aquecer e até mesmo derretar uma pedra.
Agora, levante-se deste canto. Não fique expondo as suas fragilidades. Sabe o que o que as pessoas fazem com as tuas fragilidades?
Elas pegam suas fragilidades e usam contra tu depois. E você ainda é novo, não vai saber o que fazer quando se sentir inseguro.
Tu só tem 20 anos, tem muito o que bater, antes de desistir. E vai demorar pra tu criar maturidade, fio. Já aviso. Tem ainda mais uns vinte anos pela frente.
Vai logo, levanta daí. Vamos arrumar toda essa bagunça, antes que comece a acumular poeira e a gente comece a tossir.
Ficou tudo sujo de sangue. Vamos limpar tudo? Vai lá, pega um desinfetante de cheiro bom. E arruma outro pano de chão, que aquele já tá bem sujo e feio.
Vamos fio, a mamãe tá aqui. Passa o desinfetante nas paredes, mas cuidado com as rachaduras que ficaram, ta? Vai arder bastante....mas assopra que passa.
Dessa vez nós não achamos que ia machucar, mas acabamos nos machucando.
Mas vai ficar tudo bem fio. Deixa que a mãe cuida de você.
Eu prometo que vai ficar tudo bem.
Foi só uma história boba que a mamãe inventou.
sábado, 24 de julho de 2010
Blue skies from pain
Daqui de cima, sou capaz de escutar um solo de guitarra que vem lá debaixo.
Uma música triste. Uma música quase clichê, pra todos os talentosos capazes de dedilhá-la em seis cordas.
Impressionante como uma caixinha tão pequena e aparentemente singela, consegue propagar um som tão bonito.
Sou maior e talvez menos singela e não tenho voz, não consigo propagar um grito neste momento.
É um grito pendente que ficou aqui.
E eu odeio pendências. Odeio a falta do vidro da janela, odeio o ventilador quebrado há anos, odeio a falta de luz, odeio as goteiras,
odeio a arrumação do quarto que ficou pendente, odeio histórias pendentes, casos pendentes, amores pendentes também.
Só quero que as coisas comecem ou acabem, para que eu possa continuar olhando para frente e andar. Andar pra algum lugar.
Mesmo que eu não consiga gritar.
Uma música triste. Uma música quase clichê, pra todos os talentosos capazes de dedilhá-la em seis cordas.
Impressionante como uma caixinha tão pequena e aparentemente singela, consegue propagar um som tão bonito.
Sou maior e talvez menos singela e não tenho voz, não consigo propagar um grito neste momento.
É um grito pendente que ficou aqui.
E eu odeio pendências. Odeio a falta do vidro da janela, odeio o ventilador quebrado há anos, odeio a falta de luz, odeio as goteiras,
odeio a arrumação do quarto que ficou pendente, odeio histórias pendentes, casos pendentes, amores pendentes também.
Só quero que as coisas comecem ou acabem, para que eu possa continuar olhando para frente e andar. Andar pra algum lugar.
Mesmo que eu não consiga gritar.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Do lado direito do cérebro.
Pode ser que seja um drama. Mas e daí? É o meu drama e ponto final. O objetivo sempre foi expurgar a emoção e pronto.
E por mais que eu tente disfarçar, sou uma menina, historicamente falando, nasci para parir e sofrer a espera de alguém que talvez não venha. Trago comigo toda aquela subjetividade do cromossomo X que o meu pai fecundou em minha mãe. Não me envergonho da minha subjetividade. Se eu passar muito tempo presa, sem contato com o mundo saberei quanto tempo passou, sou capaz de contar quantas vezes menstruei e concluir quantos meses se passaram, portanto.
Tenho o direito de ser atriz dos meus próprios dramas, sou protagonista das histórias que eu mesmo invento.
Abre-se as cortinas e no meio do espaço há um pequeno foco de luz e dentro desse foco há uma garota que escreve cartas que são enviadas para alguém que não responde.
Mas ela transforma em estímulo.
Mesmo que o meu silêncio também consiga falar por mim.
E por mais que eu tente disfarçar, sou uma menina, historicamente falando, nasci para parir e sofrer a espera de alguém que talvez não venha. Trago comigo toda aquela subjetividade do cromossomo X que o meu pai fecundou em minha mãe. Não me envergonho da minha subjetividade. Se eu passar muito tempo presa, sem contato com o mundo saberei quanto tempo passou, sou capaz de contar quantas vezes menstruei e concluir quantos meses se passaram, portanto.
Tenho o direito de ser atriz dos meus próprios dramas, sou protagonista das histórias que eu mesmo invento.
Abre-se as cortinas e no meio do espaço há um pequeno foco de luz e dentro desse foco há uma garota que escreve cartas que são enviadas para alguém que não responde.
Mas ela transforma em estímulo.
Mesmo que o meu silêncio também consiga falar por mim.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Limpo os pés no pano de chão que um dia já foi uma camisa pólo.
E eu não sabia, mas acabei adentrando sem pedir licença, algo que não consigo explicar, me empurrou através daquela porta, onde vez ou outra,eu já havia encostado meu rosto e tentava enxergar pelo buraco da fechadura, o que tinha lá dentro.
Eu me perguntava intimamente, timidamente: Será que um dia haverá um lugar para mim, aí dentro?
Quando eu cheguei aqui, as paredes estavam frias e pulsavam com menos força.
Paredes que outrora foram vermelhas, ficavam pretas, na medida em que o tempo ia passando.
Tornava-se cada vez mais difícil, bombear sangue para o resto do corpo, circular energia por todos os cantos da casa.
Ao chegar, passei a mão, com cuidado pela parede e achei o interruptor, consegui acender uma luz.
E como era bonito, aquilo tudo. Por dentro dele, era tudo bem mais bonito do que eu havia conseguido imaginar.
Algumas coisas já estavam velhas e desgastadas e sim, teriam de ser jogadas fora.
Mas havia mais que isso. Muitas mobílias que ainda davam para salvar. Que valiam a pena ser salvas.
Resolvi salvar todas, uma por uma. Pois pra mim, essas mobílias desperdiçadas, ainda servem, servem muito.
Eu só precisava de um tempo. E eu queria um espaço também. O meu espaço.
Encostei na parede e com as costas, fui escorregando até sentar no chão.
Até sentar ali, no chão daquele coraçãozinho.
Era um coração que cansado de apanhar, já estava quase parando parava de bater.
Até então.
Mas eu decidi ficar ali mesmo.
Com o tempo a corrente de vento diminui.
E eu sou capaz de aquecer este lugar.
Eu me perguntava intimamente, timidamente: Será que um dia haverá um lugar para mim, aí dentro?
Quando eu cheguei aqui, as paredes estavam frias e pulsavam com menos força.
Paredes que outrora foram vermelhas, ficavam pretas, na medida em que o tempo ia passando.
Tornava-se cada vez mais difícil, bombear sangue para o resto do corpo, circular energia por todos os cantos da casa.
Ao chegar, passei a mão, com cuidado pela parede e achei o interruptor, consegui acender uma luz.
E como era bonito, aquilo tudo. Por dentro dele, era tudo bem mais bonito do que eu havia conseguido imaginar.
Algumas coisas já estavam velhas e desgastadas e sim, teriam de ser jogadas fora.
Mas havia mais que isso. Muitas mobílias que ainda davam para salvar. Que valiam a pena ser salvas.
Resolvi salvar todas, uma por uma. Pois pra mim, essas mobílias desperdiçadas, ainda servem, servem muito.
Eu só precisava de um tempo. E eu queria um espaço também. O meu espaço.
Encostei na parede e com as costas, fui escorregando até sentar no chão.
Até sentar ali, no chão daquele coraçãozinho.
Era um coração que cansado de apanhar, já estava quase parando parava de bater.
Até então.
Mas eu decidi ficar ali mesmo.
Com o tempo a corrente de vento diminui.
E eu sou capaz de aquecer este lugar.
domingo, 18 de julho de 2010
Toc, toc, toc, pode entrar.
Bata os pés no tapete e pode entrar.
Tem café em cima da mesa.
A água do chuveiro ainda deve estar quente. Você pode tomar um banho. No chão tem um sabonete líquido que faz espuma.
Ali você pode esquentar sua comida e ali, você pode colocar sua garrafinha de chá para gelar.
Separei um cobertor para você. Você pode dividi-lo comigo se quiser.
Desculpe pelo colchão no chão. É o que tem pra hoje.
Sabe, as vezes, as paredes pulsam com mais força. Não precisa ficar com medo, eu estou aqui, qualquer coisa, pode chamar tá?
Fique a vontade.
Tenho poucas mobílias, eu sei.
Mas pode fazer do meu coração o teu lar, mesmo assim.
Tem café em cima da mesa.
A água do chuveiro ainda deve estar quente. Você pode tomar um banho. No chão tem um sabonete líquido que faz espuma.
Ali você pode esquentar sua comida e ali, você pode colocar sua garrafinha de chá para gelar.
Separei um cobertor para você. Você pode dividi-lo comigo se quiser.
Desculpe pelo colchão no chão. É o que tem pra hoje.
Sabe, as vezes, as paredes pulsam com mais força. Não precisa ficar com medo, eu estou aqui, qualquer coisa, pode chamar tá?
Fique a vontade.
Tenho poucas mobílias, eu sei.
Mas pode fazer do meu coração o teu lar, mesmo assim.
domingo, 11 de julho de 2010
20
Duas décadas. E eu nem pensei que eu conseguisse chegar tão longe.
Até aqui, contei tantas vezes que pensei que fosse morrer, que daria para encher as duas mãos.
Eu nem sabia quanto era 20. Eu achava que 20 é muito e todo dia quando sinto minhas vértebras do meio da coluna doendo e as minhas patelas gritando, concluo que sim, 20 deve ser muito.
Muita coisa aconteceu desde então, desde aquela manhã fria de uma quarta feira do mês de julho.
Era o meu dia, era a minha vez. E talvez eu não soubesse. Mas o mês de julho, é o mês do rock 'n' roll e meu primeiro contato com o mundo, que não fosse aquela maternindade impregnada pelo cheiro do MC Donalds ao lado, foi no dia do aniversário do rock 'n' roll.
E eu nunca mais deixei de ser rock 'n' roll e muitas pedras rolaram, enquanto eu desço com o meu carrinho.
Mas sei que no topo dessa montanha, ainda existem muitas pedras para rolarem, descida abaixo.
Essa montanha russa que por convenção, insisto em chamar de vida.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Vida de bixete.
A parte legal ou muito chata em ser bixete é que...os caras dão em cima.
Deve haver uma lei que diga que as bixetes tem que dar para os veteranos.
Mas eu tô sempre na contramão e....não.
Escolhi o meu muso da faculdade e fixei nele. Decidi que, primeiro de tudo, ficaria com ele.
Alguns outros veteranos apareceram no meu caminho, claro.
Um deles uma vez tentou me agarrar no pátio e ainda disse: "Minha rep tá vazia". E ele era do mesmo grupinho do muso.
Falta de sorte total, né? Bom, pra não fazer uma grande cagada, disfarcei, disse que a vida é difícil e fui assistir a minha aula sobre Brecht.
Mas, ele poderia insistir, eu poderia ser estúpida e ele contar pro muso e aí, todos meus planos por água abaixo.
Pensei numa desculpa, fofa e sutil. Ia dizer que tenho um namorado, bonito né?
Nessa mesma semana, um outro veterano (caralho, nesse dia acho que roubei doce de criança) veio dizer que tinha me achado muito fofa e que queria ficar comigo.
Meu radar avisou "É cilada, Bino, saí dessa!". E eu disse que tinha namorado. E pronto. Incrível né? uma desculpa que vale pra todos, nem preciso me dar o trabalho de pensar em outras!
Vendo a cena, na qual, dei um fora sutil sendo simpática, minha veterana que de uma hora para a outra pareceu me considerar como ser humano, mesmo na condição de bixete, disse que ele era o cara mais zuado da faculdade.
Uau, ainda bem que eu escapei! E ele é o mais zuado mesmo, pude comprovar depois. Odiado por todos. Totalmente mala. E pior: o cara frequenta o meu rolê aqui em São Paulo.
E não é essa a pior....ele vem falar comigo toda hora! Merda!!!!
Venho tentando sobreviver e permanecer invisível até então.
Apareceram outros menos ousados que os dois. Mas não citarei eles neste post.
Fim de semestre.
O muso tá bem obrigado, arquivado com carinho, principalmente depois de descobrir que ele tem a minha idade, praticamente.
Vou esperar amadurecer e cair do pé. Isso talvez leve uns 10 anos. E talvez até lá, eu nem queira mais. Mas ok, ele pode ser meu amigo se ele quiser.
A surpresa de fim de festa, foi um cara muito interessante, que disse que era afim de mim. Uau, pensei. É uma promoção?
E eu quero ele agora. Porque ele combina em qualquer contexto, não só o acadêmico, por isso, acho que esse sim, merece a minha consideração.
Enfim, tirando tudo isso, tenho uma vida de flertes fora da faculdade. Eis que hoje, um deles, o Atendente ligou.
Era disso que eu queria falar, sobre como o cotidiano na faculdade, me ensinou coisas:
Eu já tinha tirado o atendente da lista, porque eu não aguentava mais. O cara não tinha nada a ver comigo, mesmo. Pra ficar com ele, eu teria que ficar cabulando a faculdade.
E eu já estava cansada. Há algum tempo ele me mandou uma msg que eu ignorei. Odeio ter que fazer isso.
Mas cansei de explicar como as coisas funcionavam comigo e ele continuava cagando nas mesmas coisas, não tinha mais pra onde ir, aguentei quatro meses, resolvi ser gente e bancar o meu critério. E sumimos.
Hoje ele ligou, falando que eu sumi e blá blá blá. Ele sabia ser fofo até. Mas sem inteligência nenhuma. E, ele é uma criança ainda.
Dueu....dueu bastante, lembrei que ele vivia correndo atras de mim, coisa que nenhum outro cara faz, ele tinha atitude, coisa que os concorrentes dele na época não tinha...
Mas tive que fazer isso. Entre um assunto e outro, falei que eu estava namorando. Odeio mentir, mas as vezes é necessário. Até imaginei que delicinha, ele de sunga levando a filha na natação, depois que ele me contou isso...mas mesmo assim, isso é pouco.
Claro que agora ele vai parar de ligar. E assim, nossa história termina.
Sempre fico com pena de dar um fora. Mas agora estou realmente trabalhando a questão.
Agora dou uma desculpa sutil.
E isso aprendi na faculdade, iniciei lá, minha pesquisa cientifica que diz que falar que está namorando é uma desculpa sutil e educada para não dizer "Sei que não vai dar certo com você, eu prefiro nem tentar".
Eu ando sem paciência, mesmo.
Deve haver uma lei que diga que as bixetes tem que dar para os veteranos.
Mas eu tô sempre na contramão e....não.
Escolhi o meu muso da faculdade e fixei nele. Decidi que, primeiro de tudo, ficaria com ele.
Alguns outros veteranos apareceram no meu caminho, claro.
Um deles uma vez tentou me agarrar no pátio e ainda disse: "Minha rep tá vazia". E ele era do mesmo grupinho do muso.
Falta de sorte total, né? Bom, pra não fazer uma grande cagada, disfarcei, disse que a vida é difícil e fui assistir a minha aula sobre Brecht.
Mas, ele poderia insistir, eu poderia ser estúpida e ele contar pro muso e aí, todos meus planos por água abaixo.
Pensei numa desculpa, fofa e sutil. Ia dizer que tenho um namorado, bonito né?
Nessa mesma semana, um outro veterano (caralho, nesse dia acho que roubei doce de criança) veio dizer que tinha me achado muito fofa e que queria ficar comigo.
Meu radar avisou "É cilada, Bino, saí dessa!". E eu disse que tinha namorado. E pronto. Incrível né? uma desculpa que vale pra todos, nem preciso me dar o trabalho de pensar em outras!
Vendo a cena, na qual, dei um fora sutil sendo simpática, minha veterana que de uma hora para a outra pareceu me considerar como ser humano, mesmo na condição de bixete, disse que ele era o cara mais zuado da faculdade.
Uau, ainda bem que eu escapei! E ele é o mais zuado mesmo, pude comprovar depois. Odiado por todos. Totalmente mala. E pior: o cara frequenta o meu rolê aqui em São Paulo.
E não é essa a pior....ele vem falar comigo toda hora! Merda!!!!
Venho tentando sobreviver e permanecer invisível até então.
Apareceram outros menos ousados que os dois. Mas não citarei eles neste post.
Fim de semestre.
O muso tá bem obrigado, arquivado com carinho, principalmente depois de descobrir que ele tem a minha idade, praticamente.
Vou esperar amadurecer e cair do pé. Isso talvez leve uns 10 anos. E talvez até lá, eu nem queira mais. Mas ok, ele pode ser meu amigo se ele quiser.
A surpresa de fim de festa, foi um cara muito interessante, que disse que era afim de mim. Uau, pensei. É uma promoção?
E eu quero ele agora. Porque ele combina em qualquer contexto, não só o acadêmico, por isso, acho que esse sim, merece a minha consideração.
Enfim, tirando tudo isso, tenho uma vida de flertes fora da faculdade. Eis que hoje, um deles, o Atendente ligou.
Era disso que eu queria falar, sobre como o cotidiano na faculdade, me ensinou coisas:
Eu já tinha tirado o atendente da lista, porque eu não aguentava mais. O cara não tinha nada a ver comigo, mesmo. Pra ficar com ele, eu teria que ficar cabulando a faculdade.
E eu já estava cansada. Há algum tempo ele me mandou uma msg que eu ignorei. Odeio ter que fazer isso.
Mas cansei de explicar como as coisas funcionavam comigo e ele continuava cagando nas mesmas coisas, não tinha mais pra onde ir, aguentei quatro meses, resolvi ser gente e bancar o meu critério. E sumimos.
Hoje ele ligou, falando que eu sumi e blá blá blá. Ele sabia ser fofo até. Mas sem inteligência nenhuma. E, ele é uma criança ainda.
Dueu....dueu bastante, lembrei que ele vivia correndo atras de mim, coisa que nenhum outro cara faz, ele tinha atitude, coisa que os concorrentes dele na época não tinha...
Mas tive que fazer isso. Entre um assunto e outro, falei que eu estava namorando. Odeio mentir, mas as vezes é necessário. Até imaginei que delicinha, ele de sunga levando a filha na natação, depois que ele me contou isso...mas mesmo assim, isso é pouco.
Claro que agora ele vai parar de ligar. E assim, nossa história termina.
Sempre fico com pena de dar um fora. Mas agora estou realmente trabalhando a questão.
Agora dou uma desculpa sutil.
E isso aprendi na faculdade, iniciei lá, minha pesquisa cientifica que diz que falar que está namorando é uma desculpa sutil e educada para não dizer "Sei que não vai dar certo com você, eu prefiro nem tentar".
Eu ando sem paciência, mesmo.
sábado, 3 de julho de 2010
Sobre o fim.
É o fim. Eu não te agüento mais. Daqui a pouco você vai pegar as minhas coisas e jogar pela janela. Daqui a pouco tu vai aumentar o fogo da lareira com a minha camiseta do coringão.
- E o cachorro? Com quem vai ficar?
- Você tá louca? Eu vou levar o cachorro daqui, o meu cachorro!
Ora essa, o cachorro nunca gostou de você, você sabe muito bem.
- Mas eu é que limpo a bosta do teu cachorro!
- Eu limpo todas as bostas que você faz. A janela que tu quebrou, o ventilador que tu queimou, a parede que você deixou ser destruída pela umidade.
E quer saber? Pode ficar com a geladeira.
A nossa geladeira. A geladeira que eu comprei com o vale presente que eu ganhei daquela pessoa especial. E quando me perguntarem com quem ficou a geladeira, direi que deixei para os meus filhos.
- Você está sendo uma mulherzinha!
- Você é uma mulherzinha há muito tempo.
O tempo todo eu tento não ser uma mulherzinha.
Eu me imagino em outro lugar, com outras pessoas. O tempo todo nossas escolhas são diferentes, tão diferentes que me diferencio , que me distancio.
Podemos amargar uma derrota e assim todo mundo ganha. Fique com toda a tua subjetividade, guarde-a dentro de um pote, junto com as cinzas da tua chinchila que morreu.
Desapega, vai.
E olha que eu sou apegada. O topo do meu guarda-roupa está repleto de bichos de pelúcia que provavelmente venho guardando desde o meu primeiro ano de vida.
E eu ainda não pensei em nenhum projeto para dá-los ás crianças pobres. E ora essa, eu também sou uma criança pobre.
O tempo todo me vejo lá embaixo, puxando a camiseta, esgarçando a camiseta do moço, pedindo uns trocados, uma esmolinha:
- Tio? Me dá carinho? Me abraça? Me beija?
E você sempre diz que não, que hoje não.
- E o cachorro? Com quem vai ficar?
- Você tá louca? Eu vou levar o cachorro daqui, o meu cachorro!
Ora essa, o cachorro nunca gostou de você, você sabe muito bem.
- Mas eu é que limpo a bosta do teu cachorro!
- Eu limpo todas as bostas que você faz. A janela que tu quebrou, o ventilador que tu queimou, a parede que você deixou ser destruída pela umidade.
E quer saber? Pode ficar com a geladeira.
A nossa geladeira. A geladeira que eu comprei com o vale presente que eu ganhei daquela pessoa especial. E quando me perguntarem com quem ficou a geladeira, direi que deixei para os meus filhos.
- Você está sendo uma mulherzinha!
- Você é uma mulherzinha há muito tempo.
O tempo todo eu tento não ser uma mulherzinha.
Eu me imagino em outro lugar, com outras pessoas. O tempo todo nossas escolhas são diferentes, tão diferentes que me diferencio , que me distancio.
Podemos amargar uma derrota e assim todo mundo ganha. Fique com toda a tua subjetividade, guarde-a dentro de um pote, junto com as cinzas da tua chinchila que morreu.
Desapega, vai.
E olha que eu sou apegada. O topo do meu guarda-roupa está repleto de bichos de pelúcia que provavelmente venho guardando desde o meu primeiro ano de vida.
E eu ainda não pensei em nenhum projeto para dá-los ás crianças pobres. E ora essa, eu também sou uma criança pobre.
O tempo todo me vejo lá embaixo, puxando a camiseta, esgarçando a camiseta do moço, pedindo uns trocados, uma esmolinha:
- Tio? Me dá carinho? Me abraça? Me beija?
E você sempre diz que não, que hoje não.
Nunca soube porque montanha russa se chama montanha russa.
Eu estava sentada sozinha no carrinho de uma montanha russa. O primeiro banco do carrinho e o meu lado estava vazio, na primeira curva, eu iria me machucar, porque é uma montanha russa de madeira. E esse tipo de montanha russa, treme que só a porra. Embora, eu não estivesse preocupada com isso, embora eu não lembrasse disso. Na verdade, não estava preocupada com nada, só estava sozinha. Não estava preocupada em saber que depois daquele tempo sentada, meus joelhos começariam a doer e que o loop provavelmente machucaria ainda mais a minha coluna. E eu sei que no loop, o melhor deve ser encostar a cabeça, deve ser muito triste um pescoço quebrado durante um passeio de montanha russa. E eu não sei se montanha russa de fato, tem loops. Há uma diferença na segurança. E o monitor esqueceu de apertar o cinto, eu acho que vou morrer. Até o monitor esqueceu de mim, céus. É isso, é porque eu estou sozinha.
O meu mundo é um passeio de montanha russa. Por isso, lado está vazio.
Se quiser sentar, pode começar a levantar as mãos e gritar. Eu cuido de você durante a passeio, prometo. É só segurar na minha mão.
O meu mundo é um passeio de montanha russa. Por isso, lado está vazio.
Se quiser sentar, pode começar a levantar as mãos e gritar. Eu cuido de você durante a passeio, prometo. É só segurar na minha mão.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Abrindo a série: Frases comentadas.
"Você quer uma bolacha, professor?" ?
Não, caralho. Ele não quer uma bolacha. Ele simplismente não queria ter tantos alunos imbecis como você.
No mínimo, ele gostaria de estar em casa, com a mulher dele, ao invés de estar aplicando uma prova de exame para tantos alunos!
Na minha época, as minas iam com decote e mostravam os peitos. Mas os tempos mudaram...(Infelizmente!)
Não, caralho. Ele não quer uma bolacha. Ele simplismente não queria ter tantos alunos imbecis como você.
No mínimo, ele gostaria de estar em casa, com a mulher dele, ao invés de estar aplicando uma prova de exame para tantos alunos!
Na minha época, as minas iam com decote e mostravam os peitos. Mas os tempos mudaram...(Infelizmente!)
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