sábado, 21 de agosto de 2010

Decifra-me e aí eu te devoro.

"Eu iria pro Egito com você" e essa foi uma de suas grandes frases mágicas.
"É sério?" e ele disse "Sim, quem sabe um dia?" e havia reticências nesse um dia, sabe? Aquelas reticências.
Dessa vez eu não acreditei. Eu só fingi que estava acreditando. Sabe como é, pra não doer depois.
E ele perguntou "Por que você gosta do Egito?". Ora essa. Mas este é um sonho tão antigo. Não lembro porque eu sempre gostei do Egito.
Eu sempre achei a imagem das pirâmides e da esfinge uma coisa linda e acho tão bonito aquele céu azul, contrastando com o laranja das pedras.
E tudo...devo ter visto em episódios do Chapolin Colorado. Adoro olhar no espelho e fingir que meu cabelo parece com o da Cleópatra.
E adoro dizer que eu transaria em uma pirâmide. E sabe....há algum tempo que eu quero muito uma esfinge de pelúcia!
O Newton falou que esfinge de pelúcia é como a bola quadrada do kiko. O brinquedo que ele inventou.
E eu havia inventado. Tinha um outro grande motivo para ir para o Egito. Vou para o Egito buscar minha esnfinge de pelúcia!
Houve uma época em que esfinges de pelúcia existiram e outras coisas existiram, mas não existem mais, eu acho. Quer dizer, é o que parece.
Tu sabes que esfingiários são mariposas que em sua fase de larva, parecem esfinges? Interessante né? Essa eu descobri no dicionário.
Mas acho que tem coisas que nem o dicionário é capaz de explicar. Tem coisas que não receberam nomes, coisas desconhecidas, portanto.
Tem dias em que eu me sinto meio esfinge. Um monte de pedra tentando ganhar feições. Um ser travado, preso ao chão, sem capacidade de grandes movimentos.
Meu corpo queima sob o sol de um céu que há algum tempo não manda chuva.

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