quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sobre as últimas bolachas do pacote de bolacha sem recheio.

As vezes acontece umas coisas comigo naquela faculdade que fazem eu me questionar muito sobre o lugar onde estou.
Hoje me lembrei da época do colégio. Tinha aquelas garotas que achavam que todos falavam delas, que todos tinham inveja delas.
Normalmente elas juntavam-se com mais uma ou outra loirinha tingida e aí, vinham tirar satisfação sobre qualquer coisa que elas achavam que nós, mortais havíamos falado delas.
Num colégio medíocre e pseudoburgues como o meu, isso era muito normal, inclusive, as funcionárias faziam isso também.
Quando acontecia isso, rolava um burburinho do tipo "fulana vai bater em ciclana".
Não lembro como, mas eu sempre era aquela que tinha que dar satisfação. Sempre alguma mina babaca vinha tirar satisfação comigo.
Eu não dava satisfação. Sempre fazia a louca. O que? Eu? magina....jamais falaria isso de você, minha flor. Segurando a risada, claro.
Sempre achei esse mundo feminino imbecil, eu me divertia. Respondia de um jeito estúpido e foda-se.
Sempre fui até o fim, eu comprava a palhaçada toda. Isso me divertia.
Mas nunca ninguém tentou bater. Tentasse, pra ver.
Minha mãe sempre falou que se alguém tentasse me bater, eu podia bater também. Era isso que eu sabia.
Das poucas vezes que me enfiaram em alguma confusão no final das contas, a outra mina arregava.
No fundo, sempre pensei como seria divertido alguma mina embaixo do meu corpo sendo socada por mim.
No último ano de colégio, quase tive a chance. Uma menina da 8ªsérie, escutou eu falando que ela era uma criança.
Ela tentou me encurralar no banheiro e no dia seguinte, chamou uma penca de amiga pra se defender. Muita gente se juntou em volta, no pátio.
Seria ridiculo, eu, do 3ºmédio virando um soco numa pirralha da 8ªa série. Mas aquela mina sempre encheu o saco. Eu queria abrir uma excessão.
Eu dei uma resposta atravessada e ela arregou. E eu terminei o colégio sem ter espancado alguém.

Lembrei disso porque hoje só porque eu estava com a mão na boca, durante o momento da apresentação de um trabalho, um cara da minha classe veio me perguntar se eu tinha algum problema com a pessoa dele. Algo parecido com o que me acontecia na época do colégio.
A tal pessoa a mim é tão insignificante, que eu nem sei o nome dele. No minimo, eu devia estar esboçando alguma indiferença na hora em que ele estava falando, ou sei lá o que.
Eu achei tão babaca que não tinha muito o que responder. Talvez se ele se concentrasse um pouco mais no próprio trabalho do que nas minhas reações, quem sabe, a apresentação não fosse um pouco mais interessante.
Mas não dei essa sugestão. Na verdade, me deu um pouco de preguiça deste assuntinho todo. Eu sinceramente, tenho mais o que fazer do que ficar me preocupando com a opinião das pessoas que nem a aula assiste.

Tô cagando e andando pra não fazer montinho.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu tambem tenho a "síndrome do culpado".
sempre acontece alguma porcaria e vem todo mundo tirando satisfações comigo!

ou sei lá, como se eu tivesse sempre com aquelas camisas "posso ajudar?", ou se eu fosse o gerente do banco que sacaneou a SUA conta.



pessoas ¬¬ ....

Samy disse...

Não gostei do seu post, qualé a sua, mina???
Vamo lá fora, vô te bater!!!!

Mayra disse...

Te pego na saída mina. (hum, delícia.)