segunda-feira, 30 de maio de 2011

Procura-se, paga-se bem

Oi, gente.
Estou procurando uma pessoa...ela sumiu há algum tempo, não obtive mais notícias, por isso acabei descartando a possibilidade de sequestro.
Fui até a praça Roosevelt mas disseram que há algum tempo ela não aparece por lá. Ouvi dizer que não tem mais a grana para pagar a cerveja.
Lá na faculdade dela, algumas pessoas a conhecem, mas também não sabem dizer o que poderia ter acontecido.
Perguntei para o professor o qual ela sempre mencionava e ele disse que também não sabia, embora soubesse que ela poderia estar por aí, lendo o Fausto.
Mas eu achei um fausto na rua, um fausto de capa preta, talvez seja o dela. Estou confusa, onde ela foi parar?
Tentei contatar O Namorado, talvez ele soubesse, ouvi dizer que eles sempre estavam juntos. Mas ele também não sabia.
A última vez que a encontrei, ela carregava consigo um bloco de notas. Observei de longe, ela escrevia coisas em seu diário mas em seguida arrancava a folha, amassava formando bolas de papel e jogava no cesto do lixo.
Parecia chorar.
Talvez fosse pelo seu all star sujo que tinha a sola descolada.
Ela está fazendo muita falta para mim. Hoje acordei e a privada estava entupida, mas havia um bilhete avisando.
Eu me senti tão mal, tão solitária. Neste momento, meu peito sentiu muita saudade dela. Tenho certeza que se ela estivesse aqui agora, tudo seria menos pior.
Mas ela não está mais aqui. Talvez ela tenha pegado o último Jaçanã e partiu.
Outrora havia dito que seus parágrafos fugiram todos um a um. Eu inutilmente pensei no que poderia fazer. Mas o tempo me consumiu....
Gente, por favor. Se alguém a encontrar por aí....diga a ela que eu a queria de volta.
Digam á Mayra que escrevia aqui que eu sinto muita falta dela.

Grata,

Má.

De onde eu parei.

Um ponto para a solidão que sempre me ajudou e uma estrelinha vermelha para todos os meus medos e receios bobos que nunca me levaram a lugar nenhum.
Um dia percebi que a sala não estava cheia de amigos mas estava cheia de caixas e pacotes e cheia de um mundo novo para descobrir. Algo havia mudado.
Que bom que as coisas mudam e mudam para melhor, mesmo que quando isso aconteça eu levante os braços em X e peça pra parar. Por favor, parem que eu quero descer, por favor.
Mas depois de algumas subidas e descidas e curvas e tudo, já é tarde para recuar.
Dessa vez apertei os cintos para não bater a cabeça.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Constatação:

Tudo indica que cada vez que o sol entra em um novo signo, eu resolvo escrever.

Mas isso é só uma coincidência. Na verdade tenho medo dos meus parágrafos desistirem de mim e meus pensamentos caírem no vazio.

Eu acho a atual realidade um troço aterrorizante.

Parede como função pedagógica.

Eu devia começar a anotar todas as minhas ideias noturnas para postar aqui.
Por um tempo resolvi essa questão, eu rabiscava na parede tudo que eu havia pensado.
Mas nem por isso voltei a escrever.
Muitas vezes rabisquei as paredes.
Quando criança eu adorava giz de cera e pensava que as paredes pensavam o mesmo.
Quer dizer, hoje analisando a situação não sei bem porque eu tinha essa adorável mania.
Adorável para mim, claro.
As paredes da casa da minha vó eram todas rabiscadas. E as paredes da primeira casa onde eu morei também.
A primeira casa era de aluguel e um dia aqueles rabiscos deram um certo trabalho, portanto.
Uma vez minha mãe disse que tínhamos que limpar as paredes porque íamos mudar de lá.
Eu tentei limpar, inutilmente. Depois de uns 16 anos, escutei ela dizendo que quando saímos de lá, ela mandou pintar as paredes para devolver a casa. O que me fez pensar que se agora a casa é própria, talvez as paredes jamais sejam pintadas novamente.
Meu quarto permanece com as paredes rabiscadas portanto. Aluguei para o pó que entra pela porta e creio que ele, como eu, jamais tentará limpar.

É que eu já tentei limpar muitas coisas mas acabei desistindo.
Todos os dias eu pego o meu pano imaginário e tento limpar tudo de feio que acabou ficando por aqui.
Mas não dá, porque há tempos que as veias que passam pelo meu coração não produzem água quente.
Acho que é o inverno que está chegando.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Rapidinhas.

Assunto eu tenho muitos mas tempo vou ficar devendo.