domingo, 30 de maio de 2010

Saxofonista: a missão.

Achei que a história dele merecia um post porque achei engraçada.

Vê só:

A primeira vez em que eu fui naquele bar, eu queria o Saxofonista. Me encostei junto ao balcão depois do show e fiquei esperando ele se aproximar pra eu aplicar a estratégia nº1.
Só que enquanto eu estava fazendo isso, outro cara (baixista) apareceu e me agarrou. E aí, eu já tinha que ir embora, estava de carona.
Que merda - pensei - eu queria o Saxofonista mas o baixista me agarrou e me fez perder o meu tempo! Amarguei uma derrota.
Eis que, não lembro porque, o baterista veio falar comigo. Eu contei o ocorrido. E o baterista me puxou pela mão e me levou pra falar com o Saxofonista.

- Saxofonista, essa daqui é a Mayra, ela quer ficar com você!

Eu fiquei rosa fúcsia neon e não tinha mais pra onde ir. Contei exatamente o parágrafo acima. Ele perguntou se eu tinha aprendido a dançar o rockabilly. Nós dançamos e ele me beijou.
Mas eu tinha que ir embora, estava de carona. Ele falou que nós podíamos ir pro carro dele.
Claro que eu disse que não. E achei uma pena, porque não deu tempo pra ele sacar que tipo de mina eu sou. Dei o número do meu celular, ele nunca ligou.

Quem ligou no dia seguinte foi o baterista. Fiz um favor a ele em agradecimento e ficamos amiguinhos.
No meio da semana, o baixista mandou mensagem mas não retornei. Ele não tinha se mostrado interessante.

Os meses passaram-se. E eu fiquei mais amiguinha do baterista e passei a considerar a possibilidade ficar com ele.
Mas não ficamos, por motivos que eu desconheço. Tive só uma oportunidade, perdi e nunca mais teve outra.
Agora ele deve estar namorando e eu o vejo toda semana, pois coicidentemente, sou obrigada a frequentar um lugar na qual ele trabalha.
No dia do aniversário fui deixar um scrap e o Saxofonista estava no orkut dele. Reconheci. Nem lembrava a cara dele...

Ontem eu estava no bar. Tinha um cara muito mala querendo dançar o tempo todo comigo e ele não sabia dançar, aquilo me irritou um pouco e eu resolvi sentar.
Reparando no ambiente, achei um cara que parecia interessante. Comecei a repará-lo. Ele era vizinho da minha mesa e ele era amigo dos caras da banda, que coicidentemente, tocaram no dia em que eu conheci.
Como dançar, me estava meio fora de questão, passei boa parte do tempo observando aquele cara. Vi ele dançando. Ele sabia dançar, somando isso com a camiseta do Elvis estilosa que ele tinha....não tive dúvidas, é frequentador desse rolê!
Eis que em algum momento insano eu penso - socorro, acho que é o saxofonista!!!! Meeeeerda, ele deve ter uma péssima impressão de mim! e ele é o único interessante! E agora?
Amarguei outra derrota e fui pra pista para um momento de catarse. O mala me tirou pra dançar. Eu estava na frente do Saxofonista. Percebi que ele estava acompanhando a cena.
O mala tentou ficar comigo, acho que pela 3ª vez e eu não ia ficar com ele, nem se ele tivesse duas picas que tocassem musiquinha, comecei a falar que não, que eu era chata e tals. Eu dando um fora, imagina como sou ruim nisso!
O Saxofonista viu e deu risada. Tive certeza que eu ganhei um ponto aí. Ser seletiva tem algo de bom.
Quando o mala tentou dançar comigo e me pegar por trás, foi a gota d'agua. Tá tudo dando errado!
A cerveja é cara. Fui fumar. O lugar de fumar é uma gaiola. E quem estava lá? Tan dan! Saxofonista!

Já pensou que divertido, se ele não lembrasse de mim e eu ficasse com ele denovo? Afinal de contas, ele não era tão ruim, só não havia dado tempo de aplicar a estratégia número 1!
Resolvi aplicar a estratégia número 1 naquele momento.
Umas pessoas dentro da gaiola resolveram conversar e ele tava na conversa. Oba. Rolou um...qual seu nome? Todo mundo respondeu menos ele.
Eu falei o meu e dei informações que eu havia dado quando fiquei com ele. Ele não se manifestou, oba, ele não lembrava de mim.
Aquelas pessoas foram embora e ficou só ele na gaiola. OBA! Perfeito. Perguntei o nome dele e ele disse. Oh my god! Era o Saxofonista mesmo!
Fiquei afim do mesmo cara duas vezes! Incrível Mayra. Assim, você vai longe.
Ao falar o nome eu não acreditei e falei se ele não lembrava de mim mesmo. Ele disse que não. ótimo e eu disse isso e ele ficou constrangido por não lembrar e eu disse que era melhor assim.
Comecei a aplicar a estratégia número 1. Eu já havia fumado três cigarros nesse tempo. Era hora de parar. Parecia ter funcionado. Disse que estava indo embora. Ele me puxou e me beijou.
Estratégia número 1 aplicada com segurança, missão concluída com êxito.

Ele é capricorniano, isso dispensa explicações sobre como ele é, né?
Nessa eu fui eu mesma, gostei de mim nessa missão. Trabalhei a questão da segurança.
Passo número 2, ele tá com o meu contato. Quem sabe ele não resolve permanecer?

Talvez ele não apareça nunca mais, tudo bem, fazer o quê. E até agora ele não sabe como eu já o conhecia.
E eu nunca gostei tanto dessa vida de anonimato.

Nenhum comentário: