Cícero e Bianca ensinam coisas.
Há alguns anos que eu me questiono o que é arte afinal de contas? Escutei essa pergunta em uma aula de teatro (acho que quando eu tinha uns 15 anos) e com o estágio em uma exposição de arte comtemporânea para crianças, passei a me perguntar isso todos os dias. Por ora, penso que não tenho uma grande conclusão sobre. Penso que existem vários pontos de vista a respeito e alguns os quais me identifico mais outros, menos.
Mas.....apesar de tudo, este foi um semestre muito feliz no meu curso de letras. Escolhi algumas matérias que sem querer, tratam muito da arte. E ontem, estavámos aprendendo sobre Cícero e o De Oratore na aula de Tópicos de Poética Latina e a Bianca falava sobre as argumentações que existem nesse diálogo (De Oratore) e aí tinha uma questão: Qual é a arte do orador? Bom, eu não vou responder isso, afinal, é um absurdo falar tão pouco sobre uma obra e um autor que tem tanta importância.
O que eu queria falar era que, quando ela mencionou alguns dos argumentos para esta questão: "O pintor pinta, o sapateiro faz o sapato". Eu pensei que eu sou mais o sapateiro. E estes textos que eu escrevo, todos eles, são vários sapatos. A impressão que eu tenho é que a arte ganhou um status diferente daquele da Antiguidade. A impressão que eu tenho é que hoje a arte, o valor da arte, está muito na ideia. E não estou problematizando esta questão, só queria dizer que me parece que na Antiguidade a arte era um ofício e hoje não, me parece que existem outras convenções para se dizer o que é arte. E talvez eu esteja enganada sobre isso também. Mas....hoje penso que os meus textos são como os sapatos do sapateiro. É isso o que eu sei fazer (e talvez não os faça com maestria) porque eu preciso fazer. Não vejo nada de "artístico" (e aqui estou falando deste outro status) nisso. É tudo muito simples: Eu preciso escrever para não explodir. Meus sentimentos e pensamentos não cabem dentro de mim e preciso colocá-los em algum lugar e o lugar que me permite (contando com uma ou outra habilidade) é a escrita. E ás vezes, este sapato é maior que o meu pé: apesar de doloroso, ainda me permite alguma criação.
Mas.....apesar de tudo, este foi um semestre muito feliz no meu curso de letras. Escolhi algumas matérias que sem querer, tratam muito da arte. E ontem, estavámos aprendendo sobre Cícero e o De Oratore na aula de Tópicos de Poética Latina e a Bianca falava sobre as argumentações que existem nesse diálogo (De Oratore) e aí tinha uma questão: Qual é a arte do orador? Bom, eu não vou responder isso, afinal, é um absurdo falar tão pouco sobre uma obra e um autor que tem tanta importância.
O que eu queria falar era que, quando ela mencionou alguns dos argumentos para esta questão: "O pintor pinta, o sapateiro faz o sapato". Eu pensei que eu sou mais o sapateiro. E estes textos que eu escrevo, todos eles, são vários sapatos. A impressão que eu tenho é que a arte ganhou um status diferente daquele da Antiguidade. A impressão que eu tenho é que hoje a arte, o valor da arte, está muito na ideia. E não estou problematizando esta questão, só queria dizer que me parece que na Antiguidade a arte era um ofício e hoje não, me parece que existem outras convenções para se dizer o que é arte. E talvez eu esteja enganada sobre isso também. Mas....hoje penso que os meus textos são como os sapatos do sapateiro. É isso o que eu sei fazer (e talvez não os faça com maestria) porque eu preciso fazer. Não vejo nada de "artístico" (e aqui estou falando deste outro status) nisso. É tudo muito simples: Eu preciso escrever para não explodir. Meus sentimentos e pensamentos não cabem dentro de mim e preciso colocá-los em algum lugar e o lugar que me permite (contando com uma ou outra habilidade) é a escrita. E ás vezes, este sapato é maior que o meu pé: apesar de doloroso, ainda me permite alguma criação.